terça-feira, 18 de dezembro de 2007

INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA COM ANESTESIA,DURANTE CIRURGIAS PLÁSTICAS

CIRURGIA PLÁSTICA ESTÉTICA E REPARADORA
DR. PAULO JATENE
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Crm 32628
Mamaplastia redutora , Abdome , Prótese Mamária e de Glúteos
Rejuvenescimento Facial , Nariz, Pálpebras ,Botox, Bioplastia
Cirurgias com Anestesia Geral, Local e Sedação ou Peridural
AV. Angélica 2530 cj.21 tels 55 11 32551039 32565552 32582969
email Paulojatene@uol.com.br htp www.paulojatene.com.br



INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA COM ANESTESIA, DURANTE CIRURGIAS PLÁSTICAS


Um dos maiores temores dos pacientes submetidos a cirurgias plásticas, atualmente, é em relação ‘a anestesia. A divulgação por parte da mídia, de alguns “famosos” que tiveram problemas atribuídos ‘a anestesia, piora esse fato.
Em qualquer parte do mundo, atualmente, a população em geral tem tido mais acesso aos atos médicos, as especialidades avançaram vertiginosamente e, devido aos convênios médicos, as pessoas se consultam com muito mais facilidade e conseqüentemente, acabam tomando mais remédios.
Da mesma forma, os atos cirúrgicos foram se tornando mais freqüentes e avançados. Mas, muitos se perguntam: se a medicina e os atos anestésico-cirúrgicos avançaram tanto, como podem ocorrer tantos acidentes quanto estes que são veiculados pela mídia?
Como falamos anteriormente, parte do problema pode estar nos medicamentos que tomamos, interagindo com o ato anestésico.
A anestesia avançou muito nos últimos anos e foi graças ‘a ela que os procedimentos cirúrgicos se tornaram mais seguros, menos dolorosos e com isso, houve redução no tempo de internação e conseqüente diminuição de custos hospitalares. Porém, a interação de medicamentos usados pelos pacientes (desde medicamentos para descongestionar o nariz, até drogas como cocaína, maconha, álcool, ecstasy, crack, anabolizantes) podem interagir com os fármacos utilizados na anestesia provocando “acidentes”.
Esse problema tornou-se tão sério, que passou a ser mais estudado e chegou-se ‘a conclusão de que muitos desses “acidentes”, muitas vezes sem explicação, nem motivos aparentes, eram conseqüentes ao uso de substâncias pelos pacientes, que não informaram o médico sobre seu uso, ou por omissão por serem drogas ilícitas, ou por “inocência”, por acharem serem medicamentos de uso corriqueiro, que não mereciam menção.
Hoje, as interações de drogas e medicamentos com anestesia são melhor compreendidas e todas as substâncias usadas pelos pacientes devem ser relatadas ao médico, pois até mesmo os medicamentos aparentemente mais inócuos podem levar a arritmias cardíacas, reações alérgicas e até mesmo, parada cardíaca.
Os medicamentos mais usados atualmente, de forma corriqueira são os antidepressivos, analgésicos, inibidores do apetite, tranquilizantes e medicamentos para tratamento de problemas cardíacos e controle da pressão arterial. De todos os esses medicamentos, os mais temíveis são os antidepressivos, que quando associados a determinados tipos de anestésicos, podem provocar aumento da pressão arterial e até mesmo a morte. Isso não quer dizer que todos os que usam antidepressivos não possam ser operados; eles devem notificar o médico, que usará um outro tipo de anestésico, ou suspenderá o medicamento por algum tempo antes da cirurgia (alguns antidepressivos devem ser suspensos por 15 dias antes da cirurgia) e depois eles podem ser reintroduzidos.
Alguns analgésicos ou antigripais usados podem causar arritmias cardíacas ou alterações da coagulação e, portanto, devem ser notificados.
Os medicamentos usados para doenças cardíacas ou controle da pressão arterial também devem ser relatados ao médico, pois podem causar alterações quando associados com anestesia.
Outros medicamentos muito utilizados em nosso meio atualmente são os moderadores de apetite. São substâncias muito perigosas quando associadas ‘a anestesia, pois em sua fórmula, eles possuem anfetaminas, hormônios, diuréticos e outros fármacos que podem causar queda de pressão arterial ou até, arritmias cardíacas fatais.
Os tranqüilizantes também podem afetar a resposta do paciente ‘a anestesia. Esses pacientes, geralmente necessitam de uma dose maior de anestésicos; o mesmo ocorre com aqueles que utilizam bebidas alcoólicas com freqüência.
Muitos pacientes não usam medicamentos para problemas de saúde, mas fazem uso de drogas ilícitas, estimulantes ou anabolizantes. Dentre elas, as mais comuns são a maconha, cocaína, ecstasy, crack e anfetaminas. Essas drogas são a causa de muitos “acidentes inexplicáveis” que ocorrem em anestesia pois produzem arritmias cardíacas fatais, quando associadas ‘a anestesia.
Da mesma forma, os anabolizantes são extremamente nocivos, tanto em associação com anestesia, como por causar câncer de fígado, quando usados por longo tempo.
Portanto, quando um paciente for submetido a algum ato anestésico-cirúrgico, deve informar ao médico, todos os tipos de substãncias por ele utilizadas. O fato de ser utilizado algum medicamento, não quer dizer que o paciente não possa ser operado; apenas, a equipe médica tomará medidas adequadas para a completa segurança do mesmo.

Um comentário:

oceanpurpura disse...

Bom dia
Quanto a interação Bupropiona( antidepressivo) e anestesia geral? Na bula cita muito risco de sumento de dose e convulsões com o bup , independente de anestesia . E interação? Nso fala nada.